Ocorre em 30% a 50% na população e sua forma crônica atinge 10% das pessoas. São fatores de risco para a insônia: sexo feminino, envelhecimento, doenças psiquiátricas, doenças clínicas, trabalho em turno, principalmente turnos alternados ou não habituais. Dentre os idosos, os aposentados, inativos e viúvos, estão em maior risco. A insônia se caracteriza pela dificuldade de iniciar o sono, manter-se dormindo, despertar precocemente ou ainda sensação de sono não reparador, levando a cansaço durante o dia pelas noites mal dormidas. Pode ser um quadro passageiro, relacionado a algum fato recente, mas se persistir além de três meses ou interferir na qualidade de vida, é aconselhável buscar tratamento através de avaliação médica, pois pode ser a evolução para a forma crônica.
A insônia é um sintoma que pode ocorrer isoladamente ou estar relacionada com uma causa específica: ansiedade, depressão, estresse, dor crônica, uso de medicamentos, ambiente inadequado para se dormir (muito barulho, quente demais, colchão ruim, claridade excessiva), dentre outras. Algumas pessoas naturalmente dormem menos que outras e isto não significa ter insônia. A polissonografia identifica problemas durante o sono que estejam causando ou mantendo a insônia. Um modelo simples tem sido utilizado desde 1996 para entender a evolução da insônia. Podemos identificar fatores predisponentes, precipitantes e perpetuantes para a insônia. Os fatores predisponentes são basicamente os fatores de risco já citados, acrescidos de predileção por estar acordado até tarde, da presença de um ciclo sono-vigília irregular e da condição de hiperalerta. Os fatores precipitantes podem ser os estresses da vida diária como perdas, doenças, mudanças ambientais, perda do emprego, dívidas, etc. Já os fatores perpetuantes dizem respeito a expectativas que não correspondem à realidade, como o medo adquirido de dormir, conceitos errôneos sobre os hábitos que seriam saudáveis com relação ao sono e a amplificação exagerada das conseqüências da insônia, tais como, medo de passar mal no dia seguinte caso não se durma bem à noite. O tratamento ideal para a insônia é se abordar os fatores predisponentes, precipitantes e perpetuantes, evitando-se a dependência de medicamentos para dormir.
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